Neste contexto, o responsável de tratamento deve realizar uma avaliação minuciosa das entidades subcontratantes, uma vez que qualquer falha ou incidente relacionado com o tratamento de dados por parte de um subcontratante recai, em última instância, sobre o responsável de tratamento. A escolha de um subcontratante não é apenas uma decisão técnica ou comercial, mas envolve sérias implicações jurídicas e reputacionais.
A avaliação de um subcontratante deve abranger vários aspetos, incluindo:
1. Conformidade com o RGPD: A entidade subcontratada deve demonstrar um elevado nível de conformidade com o RGPD, incluindo a adoção de medidas técnicas e organizativas adequadas para proteger os dados pessoais.
2. Segurança dos Dados: O subcontratante deve garantir que possui sistemas robustos de segurança da informação, capazes de prevenir e mitigar riscos como acessos não autorizados, violações de dados e ciberataques.
3. Localização dos Dados: Quando se trata de serviços cloud, é essencial saber onde os dados são armazenados e tratados. Transferências de dados para fora do Espaço Económico Europeu (EEE) exigem salvaguardas adicionais, como a existência de cláusulas contratuais-tipo ou mecanismos equivalentes.
4. Política de Retenção e Eliminação de Dados: O subcontratante deve ter políticas claras e transparentes sobre a retenção e eliminação de dados, assegurando que os dados não são retidos por mais tempo do que o necessário.
5. Experiência e Reputação no Mercado: Um subcontratante com uma má reputação ou sem provas suficientes de que respeita os requisitos legais pode representar um risco sério para a segurança dos dados pessoais.
Avaliar as entidades subcontratantes é uma tarefa essencial para garantir a conformidade com o RGPD e proteger os dados pessoais. Esta responsabilidade torna-se ainda mais crítica no caso de subcontratantes que fornecem serviços cloud ou ferramentas de IA, dado o elevado volume de dados envolvidos e os riscos inerentes às tecnologias em causa. A ausência de uma avaliação rigorosa pode resultar em consequências jurídicas, financeiras e reputacionais graves, colocando em risco a continuidade e a viabilidade do negócio.
Assim, o responsável de tratamento deve adotar práticas robustas de due diligence, assegurando que os subcontratantes escolhidos oferecem todas as garantias necessárias para o cumprimento das suas obrigações legais e a proteção dos dados pessoais que lhes são confiados.
Mantendo presente o acima descrito a unidade DPO Services by Crowe desenvolveu um serviço destinado a apoiar as organizações que reconhecem a importância de avaliar os seus subcontratantes mas que não dispõem dos recursos ou competências para o efeito.
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